quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Confira a lista dos dez jogos mais pesquisados no Google em 2012


Fim de ano é época de retrospectivas e saber quem foram os vencedores em votações populares e de bancos de dados, como os sites de pesquisa. Mantendo a tradição, o Google divulgou ao site MCV os jogos mais procurados de 2012.

A lista, que está em ordem alfabética, concentra buscas feitas no site de 1° de janeiro a 11 de dezembro de 2012. Confira os jogos listados:

Assassins Creed 3
Borderlands 2
Call of Duty: Black Ops 2
FIFA 12
FIFA 13
Grand Theft Auto 5
Halo 4
Mass Effect 3
Skylanders
The Elder Scrolls V: Skyrim
Como não é possível dizer quem ficou em primeiro, os destaques vão para a série FIFA, da EA Sports, citada nas edições 12 e 13, e Grand Theft Auto 5, que foi apenas anunciado neste ano. A lista não levou em conta jogos free-to-play, como League of Legends, ou de dispositivos móveis, como Angry Birds.

Só há um probleminha na lista: segundo o Zeitgeist do Google, Diablo 3 esteve entre os termos mais pesquisados de 2012, o que com certeza o credencia a ser um dos games mais pesquisados do ano.
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No Steam, jogadores acusam "The War Z" de propaganda enganosa


"The War Z" chegou na última segunda-feira (17) ao Steam e os jogadores estão acusando a produtora de entregar um produto muito diferente do anunciado.
"A Hammerpoint foi bem enganadora nas informações sobre o jogo, especialmente no que foi realmente oferecido e vendido para nós jogadores. Um exemplo são as imagens fabricadas que estão na página de 'The War Z' no Steam, que não são realmente imagens do game, mas produzidas, o que foi confirmado pelos produtores em uma entrevista", escreveu um jogador numa página de discussão no Steam.
Os jogadores também afirmam que enquanto "The War Z" prometia um desafio no qual era preciso se manter vivo ao lutar contra um monte de zumbis, no fim são os outros jogadores que oferecem o verdadeiro desafio. Outra reclamação, essa do site Reddit, é em relação ao mapa, que tem 72km², número bem difernete do prometido "mundo enorme e persistente".
Produto incompleto
Outros usuários se queixam de que embora seja vendido como um produto completo, "The War Z" ainda está em fase de teste beta. A principal queixa é que não se trata de um MMO ambientado em um apocalipse zumbi mas sim um jogo de tiro online com partidas para 50 participantes.
Para piorar a situação, os jogadores que compraram o game no site da Hammerpoint se queixam de que a empresa anunciou que o jogo seria mais barato lá do que no Steam, o que não aconteceu - pelo contrário, "The War Z" é mais barato na plataforma da Valve.
No meio dessa briga há aqueles que defendem o jogo, dizendo que as reclamações são de fãs de "Day Z" (modificação com zumbis para "ArmA 2") que estão furiosos, e outros dizem que, mesmo com todos esses contras, "The War Z" é um jogo divertido.
Curiosamente, "The War Z" aparece no topo da lista dos jogos mais vendidos do Steam nesta semana.
"The War Z" é exclusivo para PC.

"GTA: Vice City" já está disponível para tablets e celulares Android


Já está disponível para download a versão destinada ao Android de"Grand Theft Auto: Vice City". O jogo, lançado para celebrar o 10º aniversário de "Vice City", pode ser encontrado no Google Play por R$ 10,38.
A Rockstar, responsável pela série "Grand Theft Auto", pediu desculpas aos jogadores que compraram o game para Android na semana passada enquanto ele esteve brevemente disponível no Google Play, e informou que eles podem baixar o game sem pagar novamente por isso.
Além da edição para Android, a versão comemorativa de "Grand Theft Auto: Vice City", que teve seus controles adaptados para a tela de toque, também foi lançada para iPad, iPhone e iPod touch.
Miami Vice
Em "Grand Theft Auto: Vice City", o jogador controla Tommy Vercetti, um mafioso em apuros que precisa ganhar a vida de forma ilícita em Vice City, uma versão fictícia de Miami, nos EUA.
A trama principal é digna dos filmes de ação dos anos 1980 e de seriados como "Miami Vice". Tommy se envolve em confusões com traficantes, diretores de cinema, mafiosos, atrizes pornôs, policiais corruptos e por aí vai.
Para completar a diversão, o jogo é cheio de missões paralelas malucas, como perseguir pessoas com uma moto-serra, pilotar táxis, ambulâncias e entregar pizzas.
Toda a ação é embalada por hits da época, como "I Wanna Rock", do Twisted Sisters, "Owner of a Lonely Heart", do Yes, e a icônica "Billie Jean", de Michael Jackson.
Lançado em 2002, "Grand Theft Auto: Vice City" saiu originalmente para PC, PS2 e Xbox.

RELEMBRE "GRAND THEFT AUTO: VICE CITY"

Análise: New Super Mario Bros. U


Após passar batido pelos lançamentos de GameCube e Wii, o versátil Super Mario acompanha o lançamento do Wii U em uma aventura à moda antiga que busca mostrar algumas das novas funções do videogame em ação.

A fórmula é a mesma do "New Super Mario" anterior, oferecendo partidas para até quatro pessoas simultaneamente por coloridas e variadas fases em 2D. Uma das principais novidades fica por conta da inclusão de um quinto jogador, que fica no controle GamePad e, pela telinha dele, pode acompanhar a ação e criar blocos para ajudar - ou atrapalhar - os outros jogadores.

PONTOS POSITIVOS

  • Visual lindo
  • Pela primeira vez o mascote da Nintendo se aventura por gráficos de alta definição e o resultado é dos mais agradáveis. Os modelos e cenários são todos reaproveitados dos "New Mario" anteriores, mas isso não incomoda desta vez: as cores vibrantes, efeitos de luz e definição cristalina dão uma camada extra de polimento que deixam o game muito bonito.
  • Jornada grandiosa
  • Jogos de aventura do "Super Mario" sempre oferecem muitas e muitas fases, mas "New Mario Bros. U" faz ainda mais bonito nesse departamento, apresentando um extenso mundo cheio de mapas conectados, que acabam lembrando bastante "Super Mario World".

    Caminhos secretos e bifurcações pelo tabuleiro instigam a retornar a fases antigas e vasculhar cada cantinho por itens, assi como um travesso inimigo - chamado Nabbit - que aparece de vez em quando em níveis já batidos e desafia a pegá-lo, resultando em uma corrida frenética - quase como se estivesse jogando um speed run.

    Para completar, continuam presentes em cada fase três moedas especiais de estrela, que mantém o desafio alto e servem para habilitar fases em um mundo secreto.
  • Fórmula refinada
  • Este já é quarto "New Mario" e o segundo a aparecer em um console caseiro e com suporte a quatro jogadores pulando juntos pela tela. Se por um lado o reaproveitamento da fórmula pode, compreensivelmente, incomodar alguns jogadores e parecer apenas "mais do mesmo" (a despeito do visual HD), por outro a Nintendo mostra domínio total da fórmula.

    "New Mario Bros. U" é familiar, mas ao mesmo tempo não cansa de surpreender, seja por ideias novas ou mesmo por referências pinçadas com cuidado de aventuras passadas do encanador - para a turma retrô, prepare-se para matar saudades de muitos elementos divertidos dos antigos "Mario World" e "Mario Bros. 3".

    O multiplayer continua insanamente hilário, proporcionando muitas risadas e bagunça - mesmo para quem estiver jogando a sério. A inclusão de um quinto jogador pelo GamePad só ajuda a melhorar a brincadeira, já que ele pode criar blocos e ajudar ou atazanar os irmãos Mario e os Toads e também interagir com outros elementos, como blocos que acendem, inimigos e afins.

    Além da campanha principal, há uma série de pequenos e variados desafios que incentivam a voltar ao game mesmo depois de terminar a aventura ou quando não houver muito para jogar. Como o título ainda oferece suporte a conteúdo extra por download, é de se esperar que mais e mais fases e desafios apareçam com o passar do tempo.

    Por tudo isso, "New Super Mario Bros. U" finca a bandeira como o melhor jogo da linha "New Mario" e arrisca até ficar ao lado de clássicos 2D quase intocáveis da série, como os próprios "Mario World" (o primeiro e o segundo) e "Mario Bros. 3".

    CONHEÇA ALGUMAS FASES DO JOGO

  • Bom uso das funções do Wii U
  • "New Mario Bros. U" passa longe das inovações incríveis que ecoam até hoje de "Super Mario 64", mas apresenta de forma versátil e divertida algumas das funções únicas do aparelho.

    Por exemplo, ao jogar sozinho, é possível jogar apenas pela telinha do GamePad, dispensando o uso da TV. Parece simplório, quase sem propósito, mas é uma opção versátil, que incentiva a jogar mais. Você não precisa ligar a TV e sentar no sofá ou cadeira para brincar: pode jogar deitado na cama mesmo, em outro cômodo próximo ao videogame. Da mesma forma, não importa se alguém já esteja usando a TV, a experiência não é comprometida.

    Em contrapartida, ao jogar no televisor, os alto-falantes do controle ajudam a criar um envolvente efeito surround com o som.

    A rede social Miiverse também aparece de forma comedida, mas divertida. Balões com mensagens e desenhos de amigos aparecem pelo mapa e, quase sem perceber, você se pega procurando por todas as mensagens publicadas e logo entra na própria rede social e fica empolgado para fazer seus desenhos e mensagens.

    Não é nada revolucionário e de maneira alguma afeta, de forma prática, a jogatina, mas é um elemento social engenhoso que acaba apresentando uma nova forma de curtir o jogo junto com amigos.

PONTOS NEGATIVOS

  • Sem multiplayer online
  • O "New Super Mario Bros." para Wii pecou imensamente ao deixar de lado a opção de multiplayer online. Em "New Super Mario Bros. U" o problema continua - e de forma ainda mais intensa.

    Para um console que se propõe a posicionar de vez a Nintendo no mundo online, deixar a primeira aventura de seu popular mascote fora da festa da internet acaba sendo algo bem negativo.

    Por mais que os produtores da Nintendo já tenham comentando que as aventuras para console da linha "New Mario" sejam feitas com o multiplayer local em mente (e, na real, é muito divertido jogar com amigos no mesmo lugar), deixar de fora a opção soa como retrocesso e impede de deixar o jogo ainda mais versátil. Enfim, é algo que um eventual (e inevitável) próximo "New Mario" pode e deveria resolver.

    VEJA COMO É A FASE DINOSAUR LAND

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Análise: Persona 4: The Golden


"Persona" nasceu como uma séria paralela a "Shin Megami Tensei", mas seu sucesso o fez ganhar vida própria. É, de certa forma, um RPG raro, em que se passa no Japão contemporâneo e inclui temas como lendas urbanas, histórias de terror e ocultismo, juventude e romance. "Persona" difere de "Shin Megami Tensei" por incluir elementos de drama e ser mais focado nos personagens.

De tão popular, "Persona 4", lançado originalmente para PlayStation 2 em 2008, extrapolou o domínio dos games: virou um jogo de luta ("Persona 4 Arena") - , e virou desenho animado, quadrinho e até peça de teatro.

A edição que sai para PlayStation Vita traz diversos extras: novos personagens, mais história, novos social links, novas missões, novos eventos, funcionalidade online e toda uma série de melhorias que tornaram o jogo muito mais prático. É um RPG inegavelmente japonês, mas que foge a praticamente todos os clichês do gênero.

PONTOS POSITIVOS

  • História e personagens marcantes
  • O game conta a história de um ano em que o personagem principal, um adolescente da cidade grande, é enviado pelos pais para casa do tio no interior. Mas, como é de praxe, coisas bizarras começam a acontecer: uma pessoa é morta de maneira misteriosa e aparece dependurada numa antena de TV. Não bastasse isso, corre uma lenda urbana sobre uma enigmática programação de televisão que vai ao ar à meia-noite dos dias chuvosos.

    Então, o jogador alterna essa vida prosaica de estudante colegial e a de detetives sobrenaturais que investigam as mortes misteriosas, já que são os únicos que podem explorar o mundo dos "shadows", como são conhecidos os monstros do game. É como se misturasse a novelinha "Malhação" com o desenho "Scooby-Doo" - só que com tempero nipônico e bem mais sombrio.

    A premissa é boa, mas a execução é melhor ainda: praticamente todos os dias dentro do jogo há um evento único, que cria uma sensação de estar participando ativamente da história. Os RPGs japoneses geralmente fazem bem esse trabalho, mas "Persona 4" consegue ir além. Com uma quantidade enorme de eventos, o game explora em profundidade mais de uma dezena de personagens, muitos deles marcantes. Até pela temática do jogo, que lida com máscaras sociais e alter egos, os personagens ganham densidade. A mascote Teddie funciona como alívio cômico na trama,e é responsável pelos melhores diálogos.
  • Mecânica de jogo irresistível
  • Sem dúvida, o principal trunfo de “Persona 4”, entre tantos bons atributos, é sua mecânica de jogo ao mesmo tempo original e empolgante. É incrível como o game consegue aliar um roteiro completamente baseado em script e ainda oferecer uma sensação de liberdade, já que as opções de ação são inúmeras: devo ir lutar contra o mal, sair com os amigos ou estudar para os exames? Viver na cidade interiorana de Inaba é mais emocionante que muitos reinos medievais.

    Mais genial ainda é o sistema de batalha, um dos elementos mais importantes de qualquer RPG. Ele é por turnos e altamente estratégico: dependendo de como leva a luta, ela pode ficar muito fácil ou muito difícil. É uma questão de explorar os pontos fracos dos oponentes e não deixá-los fazer isso de volta (por isso, a defesa tem utilidade real). E, apesar desse caráter cerebral dos combates, quando você se acostuma, consegue lutar quase instintivamente. As opções para construir os personagens são amplas e praticamente qualquer batalha ou evento dão algo para fortalecer o grupo.
  • Muito mais prático de jogar
  • "Persona 4" já era muito bom no PlayStation 2, para o qual foi lançado originalmente, mas impiedoso: a dificuldade era alta e, se desse azar na hora de tirar as cartas de tarô no final das batalhas, o jogador era praticamente obrigado a voltar para o mundo real e recuperar as energias (ou pagar bem caro para que a raposa prestasse esse serviço).

    Mas a versão "Golden" trouxe diversas melhorias para facilitar a vida dos jogadores. Isso não significa necessariamente que o nível de dificuldade é menor - na verdade, existem cinco, do very easy ao very hard -, mas tornou o jogo muito mais prático. O minigame das cartas ficou bem mais previsível - todas estão abertas e você escolhe quais quer pegar - e mesmo os tarôs ruins trazem compensações.

    Além disso, "Persona 4 Golden" ganhou recursos de avanço rápido nos eventos, reviu o poder das habilidades - principalmente as físicas, que estão mais úteis - e está muito mais fácil chegar subir de nível. São todas mudanças para que o jogador consiga ganhar tempo, e poder dedicá-lo para apreciar o conteúdo de fato (que é bem volumoso). E o fato de poder jogar em qualquer lugar, quando quiser, é um estilo que casa muito bem com o game.
  • Belo serviço para os fãs
  • A produtora Atlus nitidamente se preocupou com aqueles que já tiveram contato com o "Persona 4" original e se esforçou para criar conteúdos exclusivos e encher de autorreferências e materiais extras na versão "Golden".

    Com um novo personagem, dois 'social links' a mais, uma terceira forma para os Personas dos parceiros e vários eventos originais, acredito que mesmo quem se esbaldou com a versão para PlayStation 2 - como é meu caso -, pode se aventurar por Inaba e encontrar muitas surpresas. Às vezes, são detalhezinhos, como a música de batalha, que geralmente toca a nova, mas tem um jeito fazer aparecer a original.

    O game capricha no 'fan service': traz mais cenas de desenho animado, possibilidade de trocar de roupas - algumas até modificam falas e gestos - e traz um recurso chamado TV Listing, que são vários canais de TV contendo músicas, vídeos (como de comerciais e da introdução original, do PlayStation 2) e entrevistas – e, veja só, ttem até uma palestra de psicologia que discute os personas sob a ótica jungiana. O lance do canal de TV é metalinguístico, já que o jogo se passa em um dos espectros e... bem, experimente entrar nessa opção entre 0h e 1h, no mundo real, para ver o que acontece.

PONTOS NEGATIVOS

  • Labirintos monótonos
  • A exemplo de "Persona 3", o quarto episódio tem o problema de ter labirintos muito simples: uma sequência de salas e corredores praticamente lineares. É verdade que nesses games o jogador acaba visitando várias vezes as mesmas 'dungeons', mas bem que poderia trazer mapas mais complexos, mais convidativos à exploração, como acontece na série "Shin Megami Tensei". Embora não seja de todo ruim, é um departamento em que há espaço para evoluir.
  • Explora pouco o Vita
  • Apesar de trazer recursos como o Vox Populi, que traz as ações que os outros jogadores fizeram num determinado momento, e o SOS, que permite pedir e receber ajuda, as funcionalidades específicas do PS Vita foram muito pouco exploradas. Se a tela de toque pudesse ser usada para controlar os menus e definir alvos, o game ficaria ainda mais fácil de jogar.

Análise: Nintendo Land


Assim como "Wii Sports" fez no lançamento do Wii, em 2006, "Nintendo Land" procura explorar e mostrar as funções do novo console da Nintendo, o Wii U, e a interatividade proporcionada pelo GamePad, joystick em forma de tablet, com a TV.

O jogo apresenta um total de 12 minigames baseados em clássicas franquias da empresa japonesa, como "Mario", "Zelda" e "Metroid", todos distribuídos em uma parque de diversões personalizável, o próprio Nintendo Land. Até cinco pessoas podem se divertir nessas atrações, uma utilizando o Game Pad e o restante equipado com os tradicionais Wii Remotes - sendo que algumas atrações exigem também o acessório MotionPlus ou um controle com ele imbutido.

PONTOS POSITIVOS

  • Bom uso do GamePad
  • É difícil comparar a intensidade da novidade do Wii U em relação ao seu antecessor, ainda mais considerando a revolução que o Wii causou com seus controles de movimento. Mas uma coisa é certa: o uso do Game Pad diverte muito.

    Em Takamaru's Ninja Castle, por exemplo, lançar shurikens a partir da tela sensível do tablet e ao mesmo tempo mirar na TV é extremamente divertido e intuitivo, dispensando inclusive os tutoriais iniciais. Já nos jogos de pega-pega, como Mario Chase e Luigi's Ghost Mansion, mesmo quem só estiver assistindo vai dar risada e levar muito susto com as aparições dos personagens controlados pelo GamePad, que só podem ser vistos e manipulados por quem utilizar o controle.

    A única ressalva fica por conta do aprendizado de pessoas mais velhas, pouco acostumadas com telas sensíveis a toque tão presentes em smartphones e tablets atualmente. Diferente do Wii, que era mais intuitivo e bastava sair por aí dando raquetadas com os controles de movimento, o GamePad exige mais coordenação. Nada que um pouco de treino não resolva, mas certamente irá intimidar os mais desavisados.
  • Divertido entre amigos
  • Quando o assunto é multiplayer a Nintendo costuma fazer um bom trabalho, e isso é provado mais uma vez com a genialidade das atrações para mais de uma pessoa em "Nintendo Land".

    Não é fácil descrever o desespero dos jogadores que precisam encontrar o fantasma controlado pelo GamePad no jogo Luigi's Ghost Mansion. A imersão provocada por essa interação entre tablet e TV desperta uma série de emoções de surpresa e susto inéditas para um console de mesa.

    Experimente então entrar em uma guerra no jogo Metroid Blast, no qual até quatro jogadores precisam se unir para derrotar a nave manipulada pelo acessório. Se muito treinadas, as pessoas podem começar a desenvolver estratégias próprias para derrotar o outro participante, mas a visão que este último possui no ar pode dificultar qualquer tipo de plano.

    CONHEÇA ALGUNS JOGOS DA COLETÂNEA

PONTOS NEGATIVOS

  • Chato sem amigos
  • Se "Nintendo Land" é extremamente divertido entre amigos, o mesmo não pode ser dito sobre os minigames para apenas um jogador. Apesar de contar com seis atrações específicas para essa situação, a experiência acaba se tornando monótona e chata demais.

    Isso não significa que seja ruim ou pouco divertido usar o tablet nesses casos, muito pelo contrário. O problema mesmo fica por conta do baixo número de desafios e a pequena duração de cada atração.
    Em vez de usar a internet a seu favor para trazer oponentes de qualquer parte do mundo, "Nintendo Land" se limita a usar a rede social Miiverse para apenas para publicar textos ou comparar estatísticas. O resultado acaba sendo frustrante aos filhos únicos ou quem não tem o luxo de reunir tanta gente ao redor da televisão.
  • Diversão curta
  • Mesmo entre amigos, ou sem eles, em pouco tempo a diversão começa a perder efeito e poucas são as novidades que aparecem com a conclusão dos minigames.

    Moedas obtidas ao final de cada atração servem para desbloquear itens no parque, como estátuas de franquias da Nintendo, um trem de transporte e uma série de outras bugigangas. O que fazem além de ocupar espaço e se mover? Nada que realmente melhore a diversão.
    Além disso, a baixíssima interatividade com a Nintendo Network e os poucos 'achievements' presentes nos minigames dão a sensação de que faltou algo ou que mais jogos poderiam ser incrementados.

Far Cry 3, o Game mais aguardado do ano


"Far Cry 3" é um jogo de tiro em primeira pessoa ambientado nas ilhas Rook, um paraíso tropical dominado por piratas, escravagistas e traficantes. Aqui, você é Jason Brody, um rapaz mimado que se vê envolvido em uma luta desesperada pela sobrevivência. O game oferece um mundo aberto para explorar, cheio de atividades, colecionáveis e muita ação. Para completar o pacote, há uma campanha cooperativa para até 4 jogadores e multiplayer competitivo.

Jason e seus amigos são jovens californianos riquinhos que decidem passar férias na ilha, mas acabam raptados por Vaas e seus piratas. Em uma sequência eletrizante, Jason escapa e foge para a selva, onde precisa deixar de ser um garoto e se tornar um homem, dominar as técnicas de combate e sobrevivência dos guerreiros locais e, enfim, resgatar seus companheiros.

PONTOS POSITIVOS

Personagens marcantes
A sequência inicial de "Far Cry 3" está entre as mais eletrizantes já feitas. Você é apresentado rapidamente ao personagem principal e seus amigos para, em seguida, lidar com Vaas, um pirata completamente insano, falastrão, violento e muito bem representado. Vaas é um vilão sádico e cruel, daqueles que amamos odiar.

Além dele, o elenco de apoio conta com outros personagens marcantes, como o 'doidão' Dennis, a líder guerreira Citra e o pervertido Buck, só para citar alguns. A interpretação caprichada dos atores envolvidos no jogo é ressaltada pela tecnologia: o elenco conta com rostos muito bem construídos, que transmitem bem suas expressões e variações de humor.

A trama de "Far Cry 3" rende entre 20 e 24 horas de jogo, e você vai precisar fazer algumas missões paralelas, principalmente liberar torres de rádio e bases inimigas, até chegar ao final. Há uma boa diversidade de missões na campanha, mais lineares do que as aventuras secundárias de Jason. É notável como o jogo flui de forma elegante entre as missões principais e o mundo aberto, sem perder a força da narrativa - e o mérito disso está tanto nos personagens de apoio quanto no próprio Jason Brody, que não é o típico 'garoto de recados' tão comum nos jogos de aventura.

Até mesmo  os amigos de Brody, personagens extremamente deslocados em meio à selvageria da ilha, são desenvolvidos o bastante para que você queira conversar com eles e descobrir mais sobre o passado dessa turma, através de flashbacks que rolam ao longo da campanha.
Paraíso dos jogos de ação
As ilhas Rook, cenário de "Far Cry 3", compõem não só um cenário fantástico, mas também um dos melhores 'mundos abertos' já criados. Com seus vilarejos, muitas florestas, rios, lagos, cavernas, ruínas antigas, 'bunkers' da Segunda Guerra e muitos segredos, não se pode reclamar de tédio ou falta do que fazer ao vagar pelo território.

Esse arquipélago é habitado por piratas e pelos guerreiros Rakyat, que se tornam aliados de Jason. Porém, também é o lar de todo um ecossistema selvagem, formado por muitas criaturas, entre elas porcos, veados, antas e tartarugas inofensivas, mas também vários pássaros, cobras, dragões de komodo, tigres, leopardos, tubarões e várias outras. Há, inclusive, animais raros que só aparecem em missões específicas, como a Pantera Negra, o Tigre Dourado ou o Urso Imortal.

Essa fauna não fica esperando Jason passar por ela, pelo contrário: os animais caçam, atacam pessoas nas estradas e podem atrapalhar e até mesmo dizimar seus inimigos se bem 'conduzidos' por um jogador criativo.

Há várias missões e atividades secundárias, que vão de jogos de pôquer até contratos para matar piratas específicos, mas as melhores missões paralelas envolvem tomar as torres de rádio e as bases dos inimigos.

As torres de rádio introduzem um elemento claramente inspirado em "Assassin's Creed", em que você precisa subir até um ponto alto no cenário para 'abrir o mapa' da região. A escalada de cada torre é um pequeno puzzle e é preciso se pendurar em beiradas, andar em vigas, subir por cordas e por aí vai, até chegar ao rádio no topo. Como recompensa, além do mapa identificando pontos de interesse na área, você libera armas novas nas lojinhas da ilha.

As bases inimigas, pesadelo dos jogadores em "Far Cry 2" por conta de péssimas decisões de design que faziam com que os bandidos voltassem a ocupar o acampamento depois que você passava por lá, agora são as missões mais divertidas do jogo. Você pode abordar esses lugares por qualquer ângulo, marcar os inimigos com uma câmera - herança do primeiro "Far Cry" - e eliminar seus alvos da forma que preferir, seja com ataques furtivos com sua faca ou um rifle de precisão, seja partindo para cima no melhor estilo "Rambo", com direito a flechas incendiárias e explosões ou muitas outras possibilidades. Há um bônus de experiência para dominar a base sem que os vilões ativem os alarmes, mas você pode passar de atacante a defensor quando os reforços chegam para a briga.

Há também colecionáveis, como cartas dos soldados japoneses da Segunda Guerra, relíquias sagradas e cartões de memória, entre outras, que muitas vezes levam Jason em missões de exploração dignas de "Tomb Raider" e "Uncharted", visitando cavernas, ruínas e templos esquecidos no meio da selva.

Para viajar pelo arquipélago, você pode ir a pé, se esgueirando e caçando na selva, ou pegar veículos como carros velhos, jipes, quadriciclos, lanchas, jetskis e asa-deltas. Há tirolesas que permitem não só um deslocamento rápido mas também ataques furtivos: Jason pode, literalmente, 'cravar a faca na caveira' dos piratas. O herói conta com um belo arsenal, que pode ser adquirido dos inimigos, comprado em lojas ou desbloqueado de graça conforme toma torres e cumpre missões.

Entre as armas, se destacam o arco e flecha e o lança-chamas, que faz um retorno triunfal de "Far Cry 2" - a física bem construída permite incêndios fantásticos e imprevisíveis, inimigos correndo em chamas e, claro, mortes fumegantes para jogadores descuidados. O arco é mais difícil de dominar, mas permite abordagens tanto furtivas quanto entradas explosivas, dependendo das flechas que você utilizar.

Conforme avança na história, Jason se torna um cara mais durão - mudança que é visível em sua personalidade e suas falas - e isso é muito bem representado pelo sistema de experiência e evolução: você ganha tatuagens ao progredir no jogo, cada uma representando uma nova vantagem ou habilidade, como mais traços de vida, melhor precisão nos tiros ou novos ataques furtivos - mate o primeiro alvo com a faca, então jogue a faca dele no pirata mais próximo, por exemplo, ou então puxe o pino da granada de sua vítima e chute o cadáver explosivo para cima dos soldados inimigos.

Mesmo se não tivesse uma ótima história e personagens marcantes, "Far Cry 3" seria um jogo muito recomendável graças ao seu vasto e imprevisível mundo aberto, cheio de atividades e liberdade de ação. O simples fato de nunca tirar você do controle de Jason já coloca este game acima da maioria dos grandes títulos de tiro disponíveis atualmente.
Pacote completo
Além da aventura para um jogador, "Far Cry 3" traz também uma campanha cooperativa para até quatro jogadores e um modo multiplayer competitivo, assim como um editor de mapas bastante funcional.

A campanha cooperativa é uma história a parte da aventura de Jason, mas que tem relação com a história. É uma campanha mais voltada para a ação imediata, com uma animação inicial que explica o roteiro: um navio e toda sua tripulação é vendido para os piratas de Rook por um capitão safado. Entre os passageiros, há quatro personagens durões e estereotipados - como o policial aposentado, o traficante do leste europeu e por aí vai - que se unem para escapar, sobreviver e dar uma lição em seus captores. São seis mapas bem divertidos, com alguns momentos bastante criativos, que rendem algumas horas extras de jogo.

O multiplayer competitivo, por sua vez, não traz nenhuma modalidade inovadora, mas possui sua própria árvore de habilidades, armas e equipamentos para desbloquear e tudo que é necessário para envolver o jogador por mais tempo em "Far Cry 3". Os modos de jogo envolvem captura e defesa de territórios, além do mata-mata em equipe. Por falar em equipe, "Far Cry 3" é um dos raros jogos de tiro em que o trabalho em grupo faz diferença na vitória em cada partida.

Mesmo sem grandes novidades, o multiplayer de "Far Cry 3" tem bons mapas inspirados nas ilhas do jogo, um bom sistema de evolução e o divertido desfecho das partidas, em que o melhor jogador do time vencedor captura o melhor do time perdedor e decide se vai ser piedoso - e dar somente uma surra no adversário - ou se vai executá-lo. São detalhes que garantem uma personalidade própria ao multiplayer de "Far Cry 3", coisa muito bem vinda quando tantos jogos tentam apenas ser mais um "Call of Duty".
Localização caprichada
Não há dublagem na versão brasileira de "Far Cry 3", mas o game conta com opção de legendas e menus em português do Brasil. É um trabalho digno de nota, caprichado e bem revisado. A leitura soa natural, sem expressões fora de contexto ou suavizadas, como é comum em outras produções. Não se perde a excelente interpretação dos atores por trás de Vaas, Citra e sua turma, e facilita ao jogador não fluente em inglês acompanhar e se divertir com a história. Um exemplo que deveria ser seguido por outras produções em suas versões verde-amarelas.

PONTOS NEGATIVOS

Limitações dos consoles
Se você tiver a opção, jogue "Far Cry 3" no PC. É a experiência ideal, graças ao DirectX 11, com o máximo de detalhes possíveis, um  prato cheio para os fãs de gráficos excelentes. Nos consoles, a fidelidade visual é alta, mas cobra seu preço: além da vegetação menos densa e a ausência de alguns efeitos de luz solar, há uma perceptível queda na taxa de quadros por segundo.

"Far Cry 3" é um daqueles jogos no limiar entre a atual geração de consoles e a próxima e, por isso, a superioridade do jogo no PC é indiscutível. Porém, quem pegar o jogo para PS3 ou Xbox 360 não vai achar ruim, insuportável ou impossível de jogar. Muito pelo contrário, é um game imperdível e um dos mais divertidos e envolventes 'mundos abertos' que você pode visitar.